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Na audição parlamentar, estafetas das plataformas digitais referem que uma das suas principais preocupações é estarem desprotegidos em caso de acidente de trabalho.

 

Falta de proteção em caso de acidente está entre as preocupações comuns aos estafetas e motoristas TVDE, assim como a inexistência de uma tarifa mínima, longas jornadas de trabalho, concorrência que consideram desregulada, trabalho não declarado e a falta de fiscalização, referem os testemunhos deixados numa audição parlamentar aberta a trabalhadores das plataformas digitais no Parlamento promovida pelo Bloco de Esquerda avança o Jornal de Negócios.

Ao longo das duas horas de audição que decorreu em dois espaços da Assembleia da República, vários trabalhadores apresentaram as suas reivindicações. “Tanto para os estafetas como para os motoristas TVDE a questão dos seguros de acidente de trabalho é uma matéria que tem de estar em cima da mesa”, sintetizou Paulo Machado, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), sindicato da CGTP.

Manuel Sousa, estafeta no Porto, partilhou o seu testemunho, revelando a importância de cobertura em caso acidentes de trabalho, “no dia 2 de janeiro fiquei debaixo de um camião da VCI, na mota, à beira do nó das Antas. Estive mês e meio em casa sem ganhar um cêntimo”. “Eu preferia trabalhar legal, com Segurança Social, com seguros de acidentes de trabalho, mas tinha de ganhar o suficiente para isso tudo”, acrescenta.

Para Marcel Borges, advogado e membro do movimento Estafetas em Luta, devido à falta de instalações físicas, “não temos onde reclamar e a quem reclamar. Falamos com uma máquina e 90% das respostas não vêm”. E quando há um acidente os “seguros também são coisas só teóricas, que não existem”.

 

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